Director Clínico Dr. Cesaltino Remédios escreveu um artigo na revista de Saúde de 22 de abril 2021, do jornal "Região de Leiria".
Segue o artigo na integra:
Com uma experiência acumulada ao longo da História, fruto de vários contextos pandémicos, os médicos dentistas “estão a conseguir dar a devida e esperada resposta aos seus doentes”.
“Tivemos antes da Covid-19, os vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), hepatites, varicela zoster (herpes), gripe A, etc…”, recorda Cesaltino Remédios, médico dentista em Fátima, destacando a elevada capacidade de adaptação dos profissionais do sector na garantia da segurança dos doentes.
E adverte para o risco de deterioração da saúde oral por falta de acompanhamento. Uma cárie dentária não tratada pode, por exemplo, evoluir para a necessidade de endodontia (desvitalização). Mas não só. “Para além de trazer custos financeiros mais elevados associados ao procedimento, pode levar à perda da vitalidade de um dente com as consequências associadas, como a necessidade de overlays e/ou coroas dentárias, ou mesmo à perda do dente e substituição por um implante”, frisa o especialista em cirurgia oral.
Cesaltino Remédios salienta ainda a importância da higiene oral feita por um higienista oral ou médico dentista “para complementar de forma profissional os cuidados que as pessoas devem de ter no seu dia a dia em casa”. Estas consultas permitem ainda fazer “a triagem e monotorização evolutiva da condição oral do doente para evitar o aparecimento de gengivite, periodontite (doenças gengivais de carácter inflamatório agudo ou crónico)”, bem como “a prevenção precoce do cancro oral”.
Do mesmo modo, considera essencial o seguimento dos doentes com tratamentos ortodônticos e dos que “já tinham previamente sido reabilitados com implantes dentários ou facetas estéticas”.
Embora encerrados durante dois meses e meio, os consultórios dentários continuaram a dar “resposta a situações de urgência devidamente triadas por contacto telefónico”, adianta Cesaltino Remédios, referindo não ter verificado uma redução significativa na procura dos cuidados de saúde oral após a retoma, ainda que o número de doentes assistidos tenha diminuído. Facto que atribui à menos atendimentos devido à necessidade de desinfeção e arejamento das salas e gabinetes entre consultas.
“Os nossos doentes interiorizaram de alguma forma essa segurança na ida ao dentista, e continuaram a fazer as suas idas de acordo com os procedimentos que estavam planeados”, destaca.