As doenças das gengivas, que também podemos chamar de doenças periodontais, constituem um conjunto de patologias, que segundo o Dr. Hugo Pires (Médico Dentista / Periodontologista na Remiclínica) vão “... desde a gengivite (a mais leve) à periodontal mais agressiva (a Periodontite), passando também (e ainda segundo o mesmo) por “... pequenas ou grandes recessões gengivais, que são problemas relacionados com a gengiva que envolve o dente que podem trazer tanto problemas estéticos como alguma sensibilidade dentária pelo fato de deixar parte da raíz do dente exposta e desprotegida.”.

Como podemos então definir gengivite? 

Numa primeira fase, as bactérias causam apenas inflamação da gengiva e consequentemente uma gengivite. Ficamos perante uma patologia reversível. No entanto a situação poderá evoluir para uma periodontite. Como? Caso a gengivite inicial não seja tratada, as bactérias podem também atingir o osso e, nessa altura, causar então uma periodontite. 

Assim, e ainda segundo o Dr. Hugo Pires ficamos perante “... uma patologia crónica multifatorial (um deles será a predisposição genética) em que temos acima de tudo que fazer prevenção, pois apesar de não se conseguir erradicar consegue-se travar a sua evolução”.

De referir ainda que esta patologia conduz a uma perda de suporte do dente, com a sua consequente mobilidade e, nos casos mais severos, poder-se-á mesmo chegar à sua perda.

Mas então quais são os fatores que mais contribuem para este tipo de patologias?

Indiscutivelmente, o principal será a placa bacteriana. No entanto, fatores como “... o desleixo por parte dos pacientes, falta de motivação, falta de instrução e desconhecimento até…”, segundo o Dr. Hugo Pires, em muito contribuem para a situação. Tabaco, genética (como falado anteriormente), alguns tipos de medicação, stress ou mesmo doenças sistémicas também dão o seu contributo para as mesmas.

Conclui-se então ser primordial atualizar a sua Ficha de Saúde (anamnese) sempre que haja qualquer alteração do tipo de medicação que esteja a fazer.

O principal sintoma será o sangramento gengival mas também temos que ter em conta a alteração de cor das gengivas, aumento da sensibilidade dentária, recessão das gengivas, mobilidade dos dentes, aparecimento de abcessos gengivais ou mesmo o mau hálito persistente.

Para finalizar, e ainda segundo o Dr. Hugo Pires, tal como falado anteriormente, a melhor maneira de prevenir a doença nas gengivas será através de uma boa higiene oral assim como de um acompanhamento periódico nas consultas de controlo.

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